quinta-feira, 2 de abril de 2009

POESIA CHIRUA

POESIA CHIRUA

CHIRUA

Fui tua Chirua,
com cheiro de fruta do mato, de flor.
Tu me chamavas de “vida”, de “amor”.
Entraste em minha vida e me quiseste tão de repente,
tão insistente tu te fizeste
que me tiveste em pensamento
no tempo da gente.
Me recebeste, me prendeste
em teus meandros, em teus enredos,
em teu rancho de chão batido,
cantando um chorinho com tanto encanto
por um tempo somente.
Tocamos o limite impoderável
que o mistério do nosso encontro proporcionou,
trazendo pra nós o imensurável
razão suprema da vida – ah, o amor!
E ao cair da noite,
quando tu chegavas da lida do dia, cansado,
entre beijos entrecortados,
rindo, sobre teu corpo eu me debruçava,
meus cabelos sobre teu rosto caindo
e tu docemente, os afastavas
eu, qual cotovia, te sussurava:
“Sou tua Chirua, tua companhia,
tomei a forma do teu querer
pra em ti viver e de amor morrer”.

Sueli Andrade (Poetisa das Marés)

4 comentários:

  1. Que lindo teu blog, amigo! Me sinto lisongeada por ter minha poesia postada aqui no seu cantinho poético e inspirador, onde a gente tem vontade de ficar, de tão gostoso que é. Saio daqui diferente do que entrei, com muito mais alegria no coração!

    Bjs, vou indicá-lo para meus amigos.

    Sueli Andrada (Poetisa das Marés)

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  2. Lindo o relato de amor descrito pela autora no conteudo da Poesia..,
    Por ser gaúcho, e estar no contexto da história enredada, posso dizer que tem cheiro de terra e essencias Missioneiras.
    Parabens..

    Ibanor

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  3. Sou amiga da Poetisa das Marés. Feliz do amor que a motivou a enredar tal história de amor! E mais feliz ainda do maravilhoso Amigo de Ouro que teve a sensibilidade de perceber a beleza deste Poema e o postou neste seu blog. Parabéns!
    Silvana.

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  4. A Poetisa....ah! poetisa....
    _és sublime nos meandros de encantamento da nossa alma poética! Nos salva a todos... Jairton

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